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Advogado, Economista, Professor Universitário e Músico. Não é confuso porque tem ordem!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Novo céu e nova Terra!


E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Mateus 22:39

Ontem presenciei uma cena que tocou meu coração. Para muitos olhos e para quem estava na cena não era nada de anormal ou fora do comum. Não sei se era necessária uma compreensão excepcional para ver que aquilo era sublime e belo. Conto o que vi:

“Era um domingo de sol maravilhoso e, como é comum, fui sentar-me sob o sol em um parque. Um jogo de basquete de repente me chamou a atenção. Jogavam juntos negros, brancos, “emos”, jovens, velhos, homens, mulheres e até um garoto de braço e perna esquerda mirradas. Este último realmente jogava, não só estava ali fazendo número. Revezavam times e jogavam pelo prazer de jogar, desprendidos de toda diferença que havia ali sem ânimos exaltados por vitória ou derrota”.

A beleza disso era que por um momento vi em um jogo a prova de que harmonia, tolerância e igualdade social podiam ser alcançadas. Um sonho, claro, porque a realidade é bem diferente e em outra ocasião algo assim não poderia ser alcançado – como não o é em uma escola ou no nosso próprio país.

Do ponto de vista político aquilo seria a proposta de qualquer candidato a eleição. É também tudo o que a Constituição Federal Brasileira institui nas garantias individuais de seus cidadãos (artigo 5.°/CF). Sendo simplista, aquilo também era nada além de um jogo normal entre eventuais desconhecidos. Mas era, sim, um olhar para o paraíso, e o esporte foi o meio promotor daquela harmonia momentânea.

Quanto falta para que mais e mais da sociedade seja alcançada por valores decentes e que estes sejam passados às suas gerações? Tenho certeza que em outra ocasião aqueles jogadores não teriam a mesma relação de cortesia ideal entre si. Pelo esporte ou pela educação existe ainda uma possibilidade de paraíso na terra. É evidente que isso soa como utopia, e realmente o é. Mas, me fez pensar em uma possibilidade, por mais remota que seja, de alcançar uma sociedade harmônica a um preço de tempo e investimento em educação e conscientização social – que seja realmente recebida e praticada.

Não encontrei a solução para a pobreza, criminalidade ou economia nacional. Somente tive uma visão de relance da possibilidade das pessoas que vivem em sociedade, promoverem o entendimento e respeito.

Os ingredientes estão à disposição. Mas falta no ser humano a vontade e a direção para buscá-los. Ninguém tem lucro, ordem e harmonia ideais. O desejo voraz de instituir o favorecimento próprio, desordem, pessimismo e ainda, descartando aquela possibilidade de humanização, existe a motivação econômica, que lucra com a desigualdade.

É bom ser gentil e legal com as pessoas ao seu redor e não importar-se com diferenças. Muito menos tentar empurrar a sua maneira de pensar para mostrar quem ou como você é. Além de paciência o que falta em você? Desprendimento de si mesmo? Caridade?  Certamente amor ao próximo!

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