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Advogado, Economista, Professor Universitário e Músico. Não é confuso porque tem ordem!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A mente sobre si mesma!

O que o cérebro pensa de si mesmo? Será que o cérebro sabe da sua existência?

A experiência que se tem quando em sonhos ou alucinações vê-se uma abóbora laranja grande é, certamente, dentro do cérebro unicamente. Existe a certeza que ela deixará de existir quando abrem-se os olhos e despertam-se. No entanto, nada dentro de nos - certamente nada em meu cérebro – nos diz quais são as propriedades que, ciente de quando estamos desperto, possamos ter essa experiência de ver uma abóbora ou laranja grande. Não há nada de laranja e abóbora em lugar algum em nossas cabeças que a faça materializar-se do nada. Como, então, eu posso estar ciente de que minhas experiências são perceptuais? Presumivelmente, sabemos quais são as qualidades do objeto imaginado. Mas e se nenhuma das propriedades que temos quando estamos ciente são propriedades da experiência?

Certamente, estamos, em certo sentido, conscientes de nossas próprias experiências conscientes. Nós temos, quase que infalivelmente, o acesso privilegiado a nosso caráter fenomenal. Eu posso não saber o que é ser um morcego, mas eu certamente sei o que é ser como eu, e como é ser eu principalmente!

Alguns diriam que é exclusivamente uma questão fenomenal de percepção de nossas qualidades baseada em nossa experiência (incluindo procriativa). Estou consciente – diretamente consciente – e sei o que é estar consciente. Este é um problema que alguns filósofos têm desistido de tentar resolver. Outros passam o tempo brincando com a definição de consciência. O problema é bastante real, mas a consciência não é a culpada.

A solução está na distinção entre os tipos fundamentalmente diferentes de coisas que estão conscientes e as que estão no campo imaginário. Como resultado, as diferentes formas que a consciência tem das coisas e as formas que elas podem tomar. Uma vez que essas distinções estão sobre a mesa, podemos ver por que consciência e imaginação são compatíveis com a visão privilegiada por sua própria experiência. 
Para que visualizemos o argumento para essa conclusão, a consciência deve deixar de ser um objeto (ou evento, condição, ou um espaço-tempo particular), e a imaginação deve ser uma propriedade da consciência. Essas diferenças nos tipos ontológicos da ciência dos fatos se refletem em diferenças correspondentes aos atos de consciência mental.

A consciência de si mesmo é um estado mental muito diferente da percepção do que o cérebro pensa de si mesmo, e ambos diferem de uma consciência do fato de que é o ser o que se é. Ao pensar sobre a consciência da mente de si, essas diferenças são importantes. Pois, se trata de fator mental e particular. 

É aí que reside a resposta para o quebra-cabeça gerado pela consciência. O enigma de como se pode estar ciente de assuntos internos, e ciente de como são suas próprias experiências. Sem consciência dessas experiências próprias ou as propriedades que seu caráter fenomenal dá-lhes, viveríamos em um mundo imaginário sem distinção do real.

A sensibilização da mente de si mesma é a consciência dos fatos sobre si mesma. Uma consciência de que a experiência interna é real. Não é a consciência do objeto interno ou a propriedade de que tais fatos são compostos. 

Os fatos que estão cientes de que, em saber como é a experiência de abóboras e laranjas são, com certeza, fatos sobre assuntos internos - a verdade consciente - e por fim as propriedades que estão cientes de sensibilização para a realização deste fato.

2 comentários:

  1. Parabéns pelo texto, a mente é um grande quebra-cabeça mesmo, no entanto muitos não tem consiência disso tudo.

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  2. "Very Good Teacher"... zetética pura!! rs..

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